quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A amplitude conceitual de uma amizade verdadeira.

Preciso de alguém que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça minhas tristezas e neuroses com paciência. Preciso de alguém que venha brigar ao meu lado sem ser convocado; alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que eu posso odiá-lo por isso.

Neste mundo de céticos, preciso de alguém que creia nesta coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível de se encontrar: a Amizade. Que teime em ser leal, simples e justo; que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.

Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida, mesmo que isto seja pouco para as suas necessidades. Preciso de um Amigo que também seja companheiro nas farras e pescarias, nas guerras e nas alegrias e que, no meio da tempestade, grite em coro comigo: "Nós ainda vamos rir muito disso tudo".

Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher o meu Amigo. E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela.

(Charles Chaplin)

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